Mais ou menos na mesma linha do post anterior, onde tentei gerar uma reflexão acerca da tendência de as pessoas ficarem cada vez mais na superfície das coisas, minha intenção com esse novo post é provocar reflexão sobre um outro aspecto da vida corporativa contemporânea e que assim como a abordagem superficial, tem, na minha opinião, causado um certo empobrecimento das relações e discussões no ambiente corporativo: o medo do conflito e do contraditório.
E quando uso a expressão geração, no título desse post, não estou fazendo referência aos mais jovens não, pois esse é um comportamento que percebo em pessoas de todas as idades.
E quando uso a expressão geração, no título desse post, não estou fazendo referência aos mais jovens não, pois esse é um comportamento que percebo em pessoas de todas as idades.
Não, não estou defendendo a gritaria, o bate boca e as discussões excessivamente acaloradas e agressivas normalmente utilizados como parte do enredo das produções hollywoodianas que buscam retratar (muitas vezes de forma exagerada) os bastidores do mundo dos negócios. Porém, é fato que o apelo excessivo do politicamente correto tem gerado uma certa transformação nas nossas relações, onde o debate de ideias e o enfrentamento civilizado do contraditório vêm perdendo espaço.
Uma pena, pois sem um ambiente que incentive o conflito saudável de ideias, abre-se espaço para a construção de consensos enlatados, onde passa a predominar o ponto de vista da personalidade do momento, daquele empresário bem sucedido que não sai das capas das revistas, daquele professor/comunicador que cativa pela eloquência do discurso e cujos vídeos batem recorde de likes e compartilhamentos nas redes sociais, e com isso as pessoas vão perdendo a capacidade de fazer seu próprio juízo das coisas e a coragem de contestar e defender seus pontos de vistas de forma firme, consistente mas aberta ao contraditório, buscando no embate não a imposição do seu ponto de vista, mas o crescimento mútuo que trocas dessa natureza acabam proporcionando.